terça-feira, 6 de setembro de 2011

"Como as coisas mudam"

Quando eu comecei a jogar tenis, e até o meio dos anos 70, era obrigatório jogar de branco; inteirinho!
No final dos anos 60 e inicio dos 70 surgiram os calções creme, quase brancos. Era uma transgressão, e um sonho para mim, ter um calção bege.
Outro sonho de consumo meu, que só se realizou nos anos mais tarde, quando já tinha meu dinheiro para comprar minha roupas, era ter um colete bege, já que os coloridos eram proibidos.
Logo depois surgiram os azuis clarinho, verdes clarinhos, quase imperceptíveis.
Depois disso, já no final dos 70 foi a explosão. Cores e uniformes diferentes, chegando ao máximo com o calção que imitava jeans do André Agassi pós adolescente.
Nos anos 80 quando realizamos os satélites, os jogadores eram obrigados a jogar de camisa pólo; hoje usam regata sem manga até em Grand Slan.
Nada contra, mas eram bonitos aqueles uniformes brancos!
Ontem, vendo a transmissão do USOpen, vi o jogador Dimitrov batendo revés com uma mão e disse para minha filha:
“Nossa, ele bate revés com uma mão, olha só!”
Depois que eu pensei, esse espanto era o contrário nos anos 60 e inicio dos 70:
“Nossa, ele bate o revés com as duas mãos!”, nós falavamos naquela época.
Pouquíssimos tenistas (masculinos) batiam o revés com duas mãos, os primeiros que foram campeões e mudaram o rumo desse golpe forma Jimmy Connors e Bjorn Borg.
É, os tempos mudaram!

Na foto: Rod Laver. De branco e revés com uma mão.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Dica – Jogando com vento

Domingo estava um vento danado aqui em Jaguariúna, o que atrapalha na hora de jogar, e muito mais os iniciantes na hora da aula.
Por outro lado é importante o aluno iniciante ou intermediário pegar um dia como esse para aprender a lidar com a ventania.
Digo sempre que o vento atrapalha muito a aula, mas temos que aproveitar essa oportunidade para treinar.
É importante fazer o aluno jogar um pouco de cada lado da quadra, para sentir o vento contra e a favor.
Aqui vão algumas dicas rápidas:
Tenha um botão em você com tres regulagens: vento a favor, vento contra e vento lateral. Prepare sua cabeça para jogar em cada situação.
Não tente coisas difíceis num dia como esse; jogue o “arroz com feijão”.
Com vento a favor: controle sua bola e use efeitos (se você já tem esse domínio)
Com vento contra: solte o braço e jogue a bola mais alta sobre a rede.
Com vento lateral: mantenha a bola mais no meio da quadra.
Não deixe de jogar ou bater bola num dia com vento; é uma boa hora para treinar e saber como reagir nessas condições.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

História – “Escudeiro do Cássio Motta”

Nos final dos anos 80 e inicio dos anos 90 eu ia sempre a São Paulo assistir jogos dos campeonatos da ATP que lá se realizavam.
Hotel Transamérica, Harmonia, Pinheiros e CPT (Centro Paulista de Tênis).
Certa vez no CPT, vi
Cássio Motta, na época treinando com Nuno Cobra, ganhando o jogo da primeira rodada de um torneio Challenger.
Cássio foi um dos jogadores mais talentosos do país, uma direita demolidora e muita facilidade de jogar. Nessa época estava dando uma repaginada na carreira com ajuda do Nuno, e alcançando algumas vitórias importantes.
Encontrei com ele nos corredores e disse que ia para Jaguariúna, mas voltaria Quinta-feira para vê-lo jogando as quartas, semi e final, com vitória, no Domingo.
Ele deu risada, e disse para eu voltar mesmo.
Na quinta eu estava de volta e consegui ver o jogo dele nas quartas, que ele venceu.
Fui no Sábado e vi mais uma vitória, agora na semi. Ele realmente estava jogando muito bem.
No Domingo, na final (não me lembro com quem jogou) ganhou em dois sets com muita segurança.
Depois do jogo, fui conversar com ele e dar os parabéns.
Daí em diante ele só me chamava de “Escudeiro”!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dica - Saque



Um pequeno truque para você aprender a usar o pulso no saque e também com “acelerar” a cabeça da raquete.
Faça e imagine a cabeça da sua raquete mais pesada, como com as bolas na capa.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Dica de leitura

Hoje vai mais uma dica de livro.
Todos tenistas interessados pela história e os "sofásistas" (esse é um têrmo do blog do Cleto) deveriam ler.
Os profissionais (professores e tecnicos) tem obrigação de tê-lo como livro de cabeceira!
"O Tenis no Brasil" (Gianni Carta e Roberto Marcher).
Entrevistas e perfis dos pricipais jogadores do Brasil.
Vale a pena!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Dica (iniciantes) - Não confunda "over grip" com "cushion grip"

Muitas vezes me pego falando para meus alunos o termo “couro”, me referindo ao “grip” da raquete ou ao material que cobre o cabo da raquete.
Cabe uma explicação aos mais novos:
Antigamente o material usado no cabo era de couro mesmo, não de material sintético como é hoje.
O couro implicava em muitas bolhas, que depois viravam calos eternos (como uns que tenho!).
Nos fim dos anos 70, apareceu o primeiro “overgrip”.
Era um rolo que parecia uma gaze, dessas que usam em hospital, com uma cola para dar mais aderência. Imaginem, a cola com o suor, virava uma “meleca” só!
Depois de alguns anos, o overgrip foi sendo desenvolvido chegando ao que existe hoje.
Outra explicação para os iniciantes:
Muitos alunos na hora de comprar, confundem o “overgrip” com o “cushion grip” que é o “couro”, que vem com a raquete.
Outra coisa para o iniciante diferenciar é o preço: um "overgrip" custa entre 6 e 10 reais e um "cushion grip" custa mais de 25 reais.
Por isso, na hora de comprar, explique bem para o vendedor, o que você quer. E prefira as lojas especializadas em tênis.

Na foto: o cabo da raquete e o "cushion grip" (que vem com ela), e à esquerda, o "over grip".




sexta-feira, 29 de julho de 2011

Dica - "Saibro, suor e glória" de Renato Mauricio Prado

Renato Mauricio Prado nem conhecia direito Guga quando foi a Paris acompanhar a seleção de futebol em 1997.
Foi até Roland Garros para ver o Meligeni jogar e viu Guga na quadra ao lado, jogando e ganhando a primeira rodada. Foi na segunda rodada; "Fininho" perdeu, mas Guga passou. Então ele viu que ali havia algo interessante!
O pessoal da Globo pedindo que ele fosse cobrir a seleção, mas que acompanharia aquele garoto até onde ele chegasse.
O resto da história voces sabem e detalhes podem ser lidos nesse livro que tem um ponto que eu gostei:
Não foi escrito depois que Guga venceu.
Muitos podem dizer: Ah... eu já sabia! Porém, o interessante é que o livro é a copilação das colunas diárias de Prado.
Sendo assim, é como se fosse em 'tempo real".
E tem mais: o cara (Renato), não foi em 98 e 99. Mas voltou em 2000 e 2001 presenciando e contando a saga de Guga em mais dois campeonatos.
Eu já li e rel várias vezes. Tenho tres exemplares, um guardadinho e dois para emprestar para os alunos.
Mas esse livro não é achado em livrarias, eu sugiro comprar pelo site:
www.estantevirtual.com.br
Já comprei quatro livros lá e chegaram no prazo; tudo direitinho.