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domingo, 17 de março de 2013
As férias de Tim
Tim Mayotte era um
“top ten” dos anos 80. Em 1987, depois do confronto contra a Alemanha pela
Davis, onde perdeu seus dois jogos no quinto set, teve uma enorme queda no seu
rendimento. Logo depois da Davis jogou um evento exibição e perdeu
na final para Connors. Apesar de chegar à final, sentiu que estava jogando
preso, seu jogo não estava rendendo. De lá foi para Stratton Moutain e perdeu na segunda
rodada. Depois saiu na primeira rodada no Masters do Canadá, e na primeira
rodada no Aberto dos Estados Unidos perdeu para Woodfford em cinco sets. Apesar de lutar para não deixar o segundo semestre
terminar com um aproveitamento pífio, Tim continuou trabalhando duro para
reverter o quadro. Mas não adiantou. Depois do Aberto Americano, perdeu na primeira
rodada de um torneio exibição para Seguso, e em seguida, na segunda rodada em
San Francisco e Scottsdale. Para um jogador entre os dez primeiros do mundo,
era realmente uma queda muito grande. Ele e seu técnico até pensaram e não fazer a
temporada de quadras cobertas na Europa, para dar um descanso. Mas depois de
muito conversarem, decidiram que ele ia. Eram seis semanas de torneios duros. Então Mayotte pensou: porque não tornar as seis
semanas de torneios em “férias”? Foi o que fez. Foi para o velho continente sem
treinar e levou sua namorada junto. Resolveu aproveitar para conhecer os pontos
turísticos das cidades, o que nunca podia fazer em virtude da rigidez dos
treinos e jogos. Alem do mais, ia também comer e beber um pouco a
mais do que o normal e principalmente, jogar sem pressão nenhuma, somente
divertindo-se. O que aconteceu? Sua temporada Européia foi simplesmente a melhor
dos últimos anos! Começou em Tolousse, e com apenas cinco dias de
treino, ganhou o torneio. Depois: quartas em Viena; ganhou o Paris Indoor, e
terminou a temporada, vencendo também em Frankfurt. O que podemos tirar dessa história: Nem sempre, treinar mais e mais forte, pode ser a
solução. Muitas vezes, o problema é mental (“overtrain”). Mesmo na correria dos torneios, o jogador deve
tirar uns momentos de descanso e laser. E isso pode ser aplicado a nós, simples “Pangas” de
clube, em uma palavra: “Divirta-se!”
(Baseado em capítulo
do livro “Mental Game” de James Loehr)
Paulistano, 59 anos, casado e com duas filhas. Hoje moro em Holambra (SP). Jogo tênis há 46 anos e ensino há mais de 20 anos.
Fiz cursos para Professores com: Kirmayr, Meyer, Koch, Patrícia Medrado no Brasil e George Bacso (USPTA) em Boca Raton (EUA), entre outros.
No Hotel Duas Marias, fui responsável pela organização da infra-estrutura de cinco campeonatos de tênis válidos pela ATP, onde também atuei como intérprete (Inglês) junto aos jogadores.
Atualmente dou aulas em Jaguariúna, no Hotel Duas Marias e no Clube Fazenda Ribeirão, em Holambra (para sócios).
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