terça-feira, 7 de agosto de 2012

“Técnica da penúltima bola”


Muitos jogadores, inclusive profissionais, batem algumas bolas como se fosse a última.
Carlos Goffi, no seu livro “Tournament Tough”, criou esse termo: “Técnica da penúltima bola”.
Eu uso essa expressão para duas situações no jogo:
Quando você vai para uma bola com muita certeza de que vai fechar o ponto, e não se recompõe para a próxima bola.
Quando você tem uma bola à feição para um “ponto ganhador” (winner), e vai com muita “sede ao pote”.

Na primeira situação, gosto que o jogador, sempre depois de bater uma bola, volte para a posição inicial, sempre esperando a resposta do adversário, mesmo achando que este não chegará na bola. Uso o exemplo do vôlei: quando um jogador defende uma bola e ela sobe, muitas vezes indo na arquibancada, dois ou três jogadores saem correndo atrás dela, mesmo sentindo que não vai dar para pegar. É isso que eu chamo de prontidão total, e entra um pouco dessa “técnica da penúltima bola”.
Na outra situação, entram vários fatores que podem atrapalhar: ansiedade, pressa ou simplesmente, querer terminar o ponto de forma bonita; aí entra uma máxima que eu gosto de dizer:
“Ponto bonito não vale dois!”
Se você for “apertando” seu adversário, sempre imaginando que aquela é a “penúltima bola”, certamente baterá com mais cuidado, sem ansiedade. O “winner” dever ser construído.

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