quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A quadra da "Davis"


O clube Pinheiros ativou na secção de tênis o sistema de distribuição de quadras controlado por computador.
Os que querem jogar, se apresentam no guichê e recebem um papel com o numero da quadra e horário para jogar. Existem regras para simples, duplas e para os grupos com mais de quatro jogadores. No inicio, e por coincidência eu estava no Clube nesse dia, deu certa confusão e mal estar, porém, em poucos dias todos se acostumaram.
É muito democrático, e recomendo que os tenistas de clubes com mais de dez quadras devem pedir para seus diretores conhecerem o sistema.
Acaba com aquele negócio de ficar do lado da quadra assistindo um duelo de “Pangas” que se estende, às vezes, por mais de uma hora. Também acaba com o famoso “Migué” do “um a um”; isto é, você chega ao lado da quadra, pergunta o escore e sempre eles dizem: um a um.
Outra coisa comum era um tenista esperar numa quadra e outro em outra, dependendo da marcha da contagem eles ficavam em uma só.
Você pode esperar a hora da sua quadra no bar, ver um bom jogo em outra quadra ou até fazer um aquecimento no paredão.
Bom, contei tudo isso, porque a Chris Ramalho (da turma do blog do Cleto) colocou uma foto dela na quadra central da Costa do Sauípe, no ATP 250.
E daí? O que uma coisa tem a ver com a outra?
Lembrei que, lá no Clube Pinheiros, aconteciam os confrontos da Davis e duas quadras eram transformadas em uma com enormes arquibancadas.
No clube existia uma casinha, onde ficava o “Seu” Eduardo, que controlava a ocupação canchas. Ele dava as bolas (sim, o Pinheiros lhe dá as bolas para jogar!) e dizia:
Quadra sete, quadra onze...
Seu Eduardo também era famoso porque quando chovia e alguém ligava para saber se dava para jogar e ele dizia:
“Pacaembu”! Referindo-se à quadra coberta onde se podia jogar em dia de chuva.
Então, continuando, quando eu era 13 a 15, isso faz uns quarenta anos, fui na “casinha” pedir uma quadra para o Eduardo e ele disse:
“Quadra treze”
Eu falei para ele:
“Mas a treze é a da Davis?”
Isso mesmo, eu ia jogar na quadra da Davis que ainda estava montada!
Foi logo depois do confronto contra a Espanha.
Lá fomos nós; eu e o “Tourinho” que me tinha na sua caderneta com um dos seus maiores fregueses! Mas eu não ligava, só queria jogar, e na quadra da Davis então, era uma sensação indescritível, ainda mais para um “Panga” juvenil.

na foto: as quadras 13 e 14 tranformadas em um belo estádio.