segunda-feira, 30 de maio de 2011

Uma ótima experiência

Como realizamos cinco torneios Satélites da ATP no Hotel Duas Marias, fiz amizade com vários jogadores profissionais.
Depois que paramos de fazer esses torneios, alguns jogadores ficavam aqui no Hotel quando os jogos aconteciam em Campinas.
O trabalho no Hotel durante os Satélites (cinco), e o acompanhamento sempre de perto e junto aos tenistas de inúmeros torneios em São Paulo, ajudaram a enriquecer meu conhecimento da parte Profissional e competitiva do esporte.
Em 1986 tive a oportunidade de acompanhar um jogador profissional durante uma semana de torneio em Campinas. Era uma etapa do satélite e ficou em casa o Gaúcho Marcelo Henemann.
Foi muito legal acompanhar a rotina de um profissional: treinos (alguns batendo comigo) em dia de jogo ou não, corridas, preparação para os jogos, etc.
Pela manhã, um bom café da manhã, aquecimento e treino na quadra. A intensidade da prática dependia se era dia de jogo ou não. Depois a ida até a Hípica onde acontecia o campeonato. Acompanhar os jogos dos possíveis adversários, uniforme, equipamento, arranjar quadra para treino; e isso às vezes é uma briga entre os jogadores (Se bem que, ele tinha a vantagem de ter quatro quadras livres aqui no Hotel para treinamento).
Depois dos jogos, alongamentos, análise do jogo, etc.
Para minha sorte, Marcelo foi indo, foi indo, e como dizia um jogador de futebol, acabou “fondo”!
Chegou à final e derrotou o Equatoriano Raul Viver em jogo de três sets equilibradíssimos em mais de três horas e meia de jogo num sol escaldante de um sábado de Carnaval.
Treinos, raquetes, encordoamentos, alimentação, concentração, preparação mental, etc.
Foi muito bom e gratificante esta e outras oportunidades de conviver com tenistas profissionais.

Satelites no Hotel Duas Marias. Anos 80

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Histórias - "Locutor não oficial"

Certa vez, num torneio Challenger na Hípica de Campinas nos anos 80, uma voz conhecida pelos tenistas, sai pelos altos falantes das arquibancadas.
Com sotaque “castelhano” o “locutor” diz pausadamente:
“Atenção senhor Cássio Motta...(pausa)... favor comparecer ao vestiário...(pausa)... feminino...
Era o Peruano Pablo Arraia, um dos caras mais engraçados do circuito.

Na foto: Pablo Arraya

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Dica - Saque - "Atenção especial para a posição dos pés"

Muitos livros dizem que o pé esquerdo (para destros) deve ser apontado para o poste da rede à direita.
Não concordo! Até admito que essa posição pode ser tomada do lado direito, porém, será diferente do lado esquerdo, e vice-versa.
Quando ensino o saque para os iniciantes, vou para o fundo da quadra e deixo o aluno de frente para a tela, onde coloco um alvo.

No inicio, esse alvo serve para definir a posição dos pés e posição inicial em relação ao alvo.
Tendo um alvo como referencia, o jogador não terá a rede, nem linhas como tal, e sim o ponto para onde vai sacar, já que dependendo do ponto da quadra (mais aberto ou fechado) em que for executar o saque (posição inicial), sua relação com o alvo muda, assim como com os pontos fixos da quadra.
Repare na ilustração, que a posição dos pés devem ter como referencia o alvo.
Se o jogador apontar o pé para o poste da rede ao lado direito, nos dois lados, ficará em posição diferente em relação ao alvo do outro lado.
Quanto à posição dos pés, cada um vai achar a sua. De frente, um pouco de lado ou totalmente de lado (como McEnroe). Eu faço a ligação da posição inicial com a empunhadura, mas isso é uma outra história...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Saque e prepare-se para a próxima bola!

Hoje treinando uns pontos com uma aluna, disse para ela que ia devolver as bolas de saque que fossem fora também. Já estava imaginado que ia acontecer o que aconteceu.
Em certo momento ela sacou, a bola saiu um pouco mas devolvi na esquerda. Ela hesitou, chegou atrasada na bola e disse;
“Achei que meu saque tinha saído!”
Cheguei onde queria. A maioria dos iniciantes e intermediários ficam preocupados se o saque entrou ou não. Então vale a lembrança:
Quem “canta” bola fora é o recebedor.
Se você tiver certeza que seu saque foi fora, e for um jogador à moda antiga, diga que foi fora e saque o segundo; se foi o segundo serviço: dupla falta e vá para a próxima.
Nada de dizer:
“Pensei que meu saque tinha saído”, e dá mais duas!
Essa fração de segundo entre a bola no chão e você decidir se foi dentro ou fora é o suficiente para chegar atrasado na resposta da resposta.

Resumindo
- Saque e vá para a próxima bola, quem tem que dizer se o saque saiu é o recebedor.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Histórias - Empurrão

No final dos anos 70, sem querer, ajudei a formar uma parceria vencedora.
Acontecia no Clube Pinheiros, onde eu jogava, o Brasileiro Adulto. Naquela época, os jogadores profissionais participavam do campeonato, tanto que a final foi entre Thomaz Koch e Carlos Kirmayr.
No meio de uma conversa informal, o tenista João Soares, meu conhecido de Campinas, perguntou de algum lugar para encordoar raquetes e eu o levei na loja do Professor e técnico Fernando Aventuratto, já citado em outroa "posts".

Chegando lá, além de pegar as raquetes, os dois “pegaram” num longo papo que culminou com o inicio de um trabalho técnico/atleta.
Agora, mais de trinta anos depois, o Fernando Aventuratto, filho do “Seu” Fernando, me lembrou que o João foi campeão Brasileiro trabalhando com seu pai.

sábado, 14 de maio de 2011

Cores no tenis

Ion Tiriac e Ilie Nastase tinham muito em comum, além de Romenos, os dois tinham muito senso de humor.
No final dos anos 70 alguns jogadores começaram a jogar com roupas coloridas.

No inicio os shorts bege, depois os shorts com cores bem leves, e nos anos 80 aconteceu a explosão de cores nas roupas dos tenistas.
Diz a lenda que Íon Tiriac, que era purista e defensor do uniforme branco, reclamou da invasão de cores e teve como resposta que cada um poderia jogar como quisesse.
Foi a “deixa”; um dia entrou na quadra de pijamas!
Com Nastase a historia foi outra. A ATP sugeria que, em duplas, os parceiros jogassem com cores iguais. Não teve dúvida, pintou o rosto de preto (como Al Johnson) para jogar duplas com Arthur Ashe!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Dica - Tenha um plano



Você não é o Cebolinha, mas deve ter alguns planos quando joga, mesmo que não “infalíveis”!
Para os iniciantes pode ser passar ao menos duas bolas altas sobre a rede.
Para intermediários, colocar duas bolas cruzadas, depois do “T” antes de tentar loucuras.
Slice baixo na direita de quem usa empunhadura Western.
Jogar bolas no ponto mais fraco do seu adversário (quase sempre o back-hand).
Mas é muito importante que você vá para a bola com a jogada na cabeça (vou escrever sobre isso).
Na resposta saque, digo que devemos ter três planos: A, B e C; a saber:
A – Imagine onde quer colocar a bola na resposta de saque e tente fazer isso.
B – O plano ficou difícil, jogue a bola funda e no meio, ou pelo menos funda.
C – S.Q.D.Q! ... Seja o que Deus quiser!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Fotos - Esquerda (bh) do Federer, depois do contato

Fotos podem ajudar ou confundir um aluno.
Vou colocar umas aqui para ajudar.
Olha só!
Terminação com braço estendido (não duro!)
A bola já foi, e a cabeça do Federer está paradinha.
Ele continua de lado.
E o toque final: o braço não dominante estendido para trás e para baixo.
Aliás , um dos capítulos da minha apostila/livro fala só do "Braço não dominante", importantíssimo no equilibrio dos jogadores e ignorado (não por cupa deles) pelos iniciantes e intermediários.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Bate-pronto - Habilidade ou preguiça?

Certa vez (1979), conversando com meu "Mestre" Fernando Aventuratto (pai), comentei de passagem que achava bonito como o Oldair, meu primeiro professor no Pinheiros, batia o bate-pronto.
"Seu" Fernando, sem mudar a expressão, limpando as lentes do óculos e com o olhar longe, só fez um comentário:
"Bate-pronto é bola de preguiçoso!"
Aquilo entrou na minha cabeça e não saiu mais; anos depois, quando comecei minha carreira de professor é que entendi realmente o que ele quis dizer.
O "bate-pronto" é um bom recurso, mas se voce estiver usando demais, principalmente no fundo da quadra... é hora de melhorar sua movimentação.

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terça-feira, 3 de maio de 2011

Fotos - A cabeça e o olhar depois da batida.

Fotos podem ajudar ou confundir um aluno.
Vou colocar umas aqui para ajudar.
Esses são perfeitas para mostrar o que eu insisto com os tenistas.
Segurar a cabeça no instante seguinte à batida.
Isto é: olho na bola até ela bater na raquete (ou a raquete bater nela).

Então, por uns milesimos de segundo a cabeça fica parada.
Cabeça parada > corpo em equilibrio > melhor para a batida.
Come sempre, isso é muito dificil e demanda treino.
Primeiro, sem se preocupar com a direção da bola, depois que se acostumar, aí sim, preocupe-se em passar a bola sobre a rede, e depois colocar paralela ou cruzada.
Nada se adquire somente com teoria, é preciso muita repetição.

Como diz o Murici: "aqui é trabalho!"

domingo, 1 de maio de 2011

Fotos - terminação da direita (forehand)

Fotos podem ajudar ou confundir um aluno.
Vou colocar umas aqui para ajudar.
Essas duas fotos ilustram bem a terminação do forehand:
Raquete de pé em cima do ombro e cotovelo apontado para onde vc quer mandar a bola.
Eu sou chato e insisto isso com meus alunos desde o inicio, pois vai dar um padrão na execução do golpe e assim mais regularidade.
Mas não pense que é só bater a direita e levar a raquete nas costas!
Essa terminação é resultado de várias pontos: atenção na batida do adversário, preparação antes da bola quicar no chão, distancia entre o jogador e a bola e pegar a bola a frente. Prá conseguir isso, muito treino e paciência.